Recentemente, a apresentadora Ana Paula Padrão foi detonada nas redes sociais pelo fato de ter usado, num dos episódios do MasterChef Brasil a expressão “todes” ao saudar os participantes.
Após o episódio, a jornalista rebateu que: “O argumento dessas pessoas (críticos) é que eu tô matando a gramática da língua portuguesa. A reação não é ao uso do idioma, é ao que esse uso representa. Gente, palavra tem muito poder. Quando eu uso a linguagem neutra porque eu sei que há ali ou pode haver ali na minha frente alguém que se identifica como não-binário, eu estou reconhecendo a existência dessa pessoa. E é isso que dói em quem não aceita essa existência”,
Considerando que no ano passado, segundo o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil, 228 pessoas desse grupo foram assassinadas, e que, de modo geral, trata-se de legítimos crimes de ódio, parece mesmo que o incômodo é menos linguístico e mais com a forma de existir diversa dessas pessoas.
Nesse sentido, a educação sexual desempenha um papel fundamental na promoção da compreensão, aceitação e respeito pela diversidade de orientações sexuais, identidades e expressões de gênero. Somente através de uma educação sexual inclusiva e abrangente, será possível combater a ignorância, os estereótipos e os preconceitos que alimentam a violência e a discriminação.
Ao abordar questões relacionadas à diversidade sexual e de gênero nas escolas e em outros espaços educacionais, a educação sexual desafia normas sociais prejudiciais e ajuda a criar um ambiente mais inclusivo e seguro para todes. Isso contribui para a redução dos casos de violência ao promover o respeito pelos direitos humanos e pela igualdade de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Ao promover o entendimento, a aceitação e o respeito pela diversidade, a educação sexual contribui para a construção de uma sociedade mais igualitária, inclusiva e livre de violência. Uma sociedade na qual todes possam se orgulhar livremente.
Boa semana a todes!
Eduardo Pires