A guerra é a forma bruta de fazer política.
Ela une o povo ao redor de um único propósito e faz com que os problemas cotidianos sejam momentaneamente esquecidos. Troca as dores suportáveis do dia a dia pelos horrores insuportáveis de seus dias, meses ou anos.
Líderes fracos ou ilegítimos são fortalecidos e vozes discordantes são caladas. O diálogo cessa até que haja aniquilação do inimigo, seja ele quem for. Basta apenas que pareça ser o inimigo.
Dia desses, alguém defendeu: “Se matarmos todos os maus, só sobrarão os bons, certo?” O outro respondeu: “Só sobrarão os assassinos.”
Meu profundo pesar por todas as vidas inocentes que, mais uma vez, já foram e serão perdidas nesses tempos sombrios. Que desperdício!
Eduardo Pires